domingo, 16 de setembro de 2012

ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO


ESTRESSE PÓS-TRAUMÁTICO


O que é?
O transtorno do estresse pós-traumático pode ser entendido como: A perturbação psíquica decorrente e relacionada a um evento fortemente ameaçador ao próprio paciente ou sendo este apenas testemunha da tragédia. O Transtorno consiste num tipo de recordação que é mais bem definido como revivescência, pois é mais forte que uma simples recordação. Na revivescência além das imagens, o paciente sente como se estivesse vivendo novamente a tragédia com todo o sofrimento que ela causou originalmente. O transtorno então é a recorrência do sofrimento original de um trauma, que além do próprio sofrimento é desencadeado também alterações neurofisiológicas e mentais.
AGENTES ESTRESSORES
São cada vez mais frequentes os estudos sobre as repercussões de desastres naturais (terremotos, furacões, enchentes, etc.) no desenvolvimento do transtorno por estresse pós-traumático de intensidade moderada ou grave.
O transtorno por estresse pós-traumático é considerado um transtorno emocional relacionado a algum evento traumático como, por exemplo, história de abuso na infância, violência sexual, ter presenciado alguém doente ou gravemente ferido ou ter participado de algum desastre natural como terremoto, enchente, etc. E está em quinto lugar entre as doenças psiquiátricas mais comuns. Fatores predisponentes tais como: certos traços de personalidade ou antecedentes emocionais podem diminuir a tolerância individual para a ocorrência da síndrome ou agravar sua evolução.
CARACTERÍSTICAS
É caracterizada pela presença de temores infundados intensos, agitação (mais frequente em crianças) e a sensação de reviver o evento traumático ocorrido. Podem surgir imagens mentais, pensamentos recorrentes ou sonhos repetitivos, relacionados com o episódio traumático. O paciente pode agir como se o evento traumático estivesse realmente acontecendo de novo. Isto gera angústia e sofrimento psicológico intenso, trazendo como consequências, o isolamento social, a improdutividade profissional, irritação e a deterioração da qualidade de vida.
Aparecem sentimentos de vulnerabilidade e insegurança. Esses pacientes relatam que sentem destruídos seus sistemas de crenças e de valores, e o mundo passa a ser inseguro e ameaçante, desconfiando de tudo e de todos.
REAÇÃO AGUDA AO ESTRESSE
A reação aguda ao estresse, como o próprio nome diz, é uma reação emocional aguda e exuberante que se segue imediatamente ao evento traumático, durando no máximo de dois dias a quatro semanas. O transtorno por estresse pós-traumático é uma reação emocional a algum evento traumático que surge algum tempo depois deste e dura no mínimo um mês. Em torno de 62% dos pacientes, reconhecem haver sofrido alterações entre as primeiras horas e três dias depois do impacto do acontecimento traumático. Nesse momento imediato ou imediatamente após o trauma, os sintomas mais freqüentes tem sido a ansiedade de pânico com taquicardia, transpiração, ondas de calor, certo aturdimento, desorientação parcial e alterações vegetativas. Os sintomas podem variar ao longo do tempo e se intensificar. As crianças e os idosos têm mais possibilidade de desenvolver estresse pós- traumático do que as pessoas de meia idade.

sábado, 16 de junho de 2012

PEDOFILIA, O MAL QUE ATINGE AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES DO BRASIL



Pedofilia é o mau que preocupa toda a sociedade.
Números alarmantes foram levantados por Magno Malta, na CPI contra pedofilia no Senado. Nos estudos, foram constatados que, em cada 10 casos de pedofilia, seis acontecem na própria família.
É preciso prevenir os filhos sobre todos os assuntos, acabando com a hipocrisia religiosa onde não se permite que temas importantes como esse sejam abordados pelas crianças, e com isso não se tornarem alvo fácil para os pedófilos.
Os pais devem estar atentos para os sinais de que algo anda errado, como: agressividade, medo anormal de ficarem sozinhas, crises de choro, entre outros.
Sempre alerta para um potencial abusador, pois na grande maioria dos casos é alguém em que a criança mais tem confiança.
A estratégia dos pedófilos, para conquistar a sua "presa" é iniciar um jogo de sedução, até conseguirem o que querem, e depois, finalizam com a coação, que visa a não serem descobertos.
A Lei 11.829/08, sancionada pelo ex-presidente Lula, é um grande avanço no ordenamento jurídico brasileiro para o combate desse tipo de crime.
As acusações contra os pedófilos, antes da referida lei, eram apreciadas com base nos artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e no artigo 214 Código Penal como atentado violento ao pudor. Hoje, com a lei, esses crimes são combatidos com mais rigor.
A sociedade tem que estar atenta, mas do que isso, não pode se calar, tem que dar um basta, procurando imediatamente a policia, o Conselho Tutelar, Órgão do Ministério Público. Também Sites como www.denunciar.org.br, que, sem dúvida, é uma arma para denunciar pornografias infantis e crimes contra os direitos humanos.
O pedófilo pode estar em qualquer classe social, independente de raça ou credo. Podem ser qualquer um, como um amigo da família, o professor, o padre, o tio, até mesmo o próprio pai.
Pode aparecer em qualquer lugar, cabendo desta forma, aos pais, o dever de proteger, educar e alertar seus filhos.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Sobre o Abuso Infantil



O abuso infantil é o maltrato físico, psicológico ou sexual das crianças. Enquanto a maioria dos abusos contra crianças acontece em ambientes domésticos, uma parcela significativa também ocorre em organizações que env...olvem crianças, tais como igrejas, escolas, empresas de cuidados da criança e escolas residenciais. Há quatro categorias principais de abuso de criança: negligência, abuso físico, abuso psicológico ou emocional e abuso sexual. Existem diferentes subcategorias dentro de cada tipo de abuso. É fácil identificar algumas formas de abuso infantil, outros são mais difíceis. O fato de que uma criança sofreu dano não revela necessariamente abuso. Abuso de criança é uma ação ou omissão que prejudique uma criança. A pessoa responsável deve ter conhecida por sua ação ou omissão, a qual era susceptível de causar danos. Bem, isso é um ponto de vista muito legal. Agora existe um mais prático, o ponto de vista da vítima: "é qualquer coisa que prejudique você!!"

terça-feira, 24 de abril de 2012

II Seminário Nacional de Psicologia em Emergências e Desastres - Abertura


O bullying no trabalho


O bullying no trabalho


Segundo a reportagem, o bullying praticado no mercado de trabalho pode ser caracterizado como uma forma de preconceito. Ele se caracteriza, muitas vezes, de maneira sutil ou até mesmo grosseira. As pessoas são excluídas ou rechaçadas pelos colegas ou pelos seus superiores” diz Fernando Elias José.O site oDiário.com publicou recentemente uma interessante reportagem sobre bullying no ambiente de trabalho. A matéria teve colaboração do psicólogo Fernando Elias José especialista em Psicoterapia Cognitivo-Comportamental. Quando ouvimos falar de bullying, geralmente associamos a casos de desrespeito entre alunos em colégios, escolas e faculdades, mas o termo também serve para representar as humilhações intencionais causadas por muita gente no mercado de trabalho.
Consequências
O bullying pode causar diversos problemas posteriores como baixa estima, insegurança, dificuldade em estabelecer bons vínculos afetivos e sociais, solidão, estagnação profissional e pessoal são os mais importantes.
Segundo o psicólogo, “se a pessoa não se tratar psicologicamente poderá sofrer, (…) dessa maneira, há a necessidade de mudança para os comportamentos não se repetirem”, conclui Elias José.
Um estudo da Academia Americana de Medicina do Sono em conjunto com a Sociedade de Pesquisa do Sono, aponta o bullying como prejudicial ao sono. Na pesquisa, 11% das mulheres e 9% dos homens disseram ter sofrido hostilidades no trabalho, enquanto 31% e 32%, respectivamente já presenciaram o bullying na empresa.
Solução
A melhor solução para evitar esse tipo de problema e resguardar sua saúde ou a de seu companheiro de trabalho é a denúncia. Procure o superior responsável pela equipe de trabalho e comente ou explique os fatos que levaram aquela reclamação. Caso a empresa, depois de ser informada não tome nenhuma atitude enérgica para inibir o bullying, o profissional pode ainda recorrer a justiça. A nossa Constituição resguarda a dignidade das pessoas por lei e prevê que o ambiente de trabalho deve ser equilibrado, segundo o artigo 225. Quem entrar com ação contra a prática de bullying, pode pedir indenização não só por danos morais, mas também por materiais, pois a pessoa pode ficar deprimida e ter gastos com médicos e remédios em conseqüência das humilhações que sofreu.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

TOC (manias)-Parte 2


Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)


Psicologia Ambiental, especialidade que ganha campo


Ciência e Profissão


Psicologia Ambiental, especialidade que ganha campo
Disciplina, ainda pouco estudada, é fundamental para entender as influências do ambiente no comportamento humano. Pare e reflita: você se comporta da mesma maneira em ambientes diferentes? Como você é
no trabalho e como você é na sua casa? Como você trata as pessoas no trânsito e como você as trata na academia? A mesma pessoa que é tão agressiva em uma circunstância pode ser muito amável em outra. Por que? O que define o comportamento, a reação de cada um? São questões como essas de que se ocupa a Psicologia Ambiental, uma especialidade
relativamente nova, que ainda tem baixa representatividade no Brasil, mas nem por isso pouco importante. Nascida na primeira metade do século XX, a partir de teses comportamentalistas, de reflexões a respeito da essência instintiva ou não da humanidade e,também, da teoria da Gestalt, a Psicologia Ambiental trata das inter-relações entre o indivíduo e o ambiente, seja este construído ou natural, urbano ou rural.
"Com a emergência da consciência ambiental, na segunda metade do século passado, foram incorporadas as temáticas da ecologia e da
degradação ambiental, que se juntaram a outras questões como os direitos humanos, a migração e a democracia. Todos (esses) objetos
de estudo para o psicólogo ambiental", diz a professora Eda Terezinha de Oliveira Tassara, do Instituto de Psicologia da USP. Isto é, o ambiente de que se fala não se restringe ao meio-ambiente ecológico, mas compreende também espaços como uma casa, um condomínio, um bairro, uma cidade, com dimensões e características diversas.
Uma característica fundamental é a comunicação com outras áreas de estudo, como arquitetura, urbanismo, engenharia, geografia,sociologia e antropologia social e urbana, já que todas contribuem para compreender a organização do espaço e sua influência sobre o comportamento humano. Devido a esse caráter interdisciplinar, Hartmut Günther,professor e coordenador do laboratório de Psicologia Ambiental da Universidade de Brasília, orienta que, além da formação em Psicologia, o profissional que deseja atuar neste ramo precisa acumular conhecimentos específicos em uma dessas outras especialidades. O estresse do paulistano, por exemplo, é uma temática que caberia a profissionais de todos esses ramos, pois cada um na sua especialidade pode refletir e procurar soluções para o problema.
Eda Terezinha, que coordena o Laboratório de Psicologia Sócio-Ambiental e Intervenção da USP, explica que existem diversas formas de aplicação da Psicologia Ambiental, que incluem de metodologias participativas à observação do comportamento humano. "Em Cunha, no interior do Estado, estamos desenvolvendo projeto com metodologia mista. É um trabalho de conscientização daqueles habitantes a respeito do território de ocupação e, ao mesmo tempo, compreensão do jeito rural de ser daquela sociedade", diz. Ela conta ainda que o Laboratório, que já tem dez anos, está desenvolvendo projetos de políticas públicas para o Ministério do Meio Ambiente e para o Ministério do Trabalho. Sinal de que a especialidade está ganhando reconhecimento.
Mara Campos de Carvalho, professora da USP de Ribeirão Preto, dá outros exemplos de como se pode trabalhar sendo um psicólogo
ambiental. "Estamos pesquisando a qualidade do ambiente infantil nas creches da região. Além disso, tenho alunos desenvolvendo estudos
sobre o ambiente de moradia dos estudantes no Campus; sobre o comportamento de profissionais que, mesmo contratados por uma
empresa, trabalham em casa, e também o estudo de quilombos."
Contudo, os cursos preparatórios ainda são escassos. Há poucas universidades com pós-graduação específica em Psicologia Ambiental,
como a Universidade de Brasília. "Geralmente, assim como acontece na USP, é uma matéria eletiva ou está dentro de alguma outra disciplina", diz Eda Terezinha. Os cursos mais fortes estão mesmo no exterior como a Universidade René Descartes, em Paris. Para ela,hoje existem demandas que os currículos não contemplam. O grupo do laboratório que coordena conta com não mais do que 30 profissionais. Em Ribeirão Preto, Mara teme que, ao se aposentar, não exista outro docente que possa substituí-la. "Da década de 70 para cá, vimos que a especialidade está se firmando, mas ainda é um crescimento muito lento em relação a outros países", preocupa-se.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A fissura em usuários de crack



 Uma pesquisa qualitativa apresentada como dissertação de mestrado no Departamento de Psicobiologia da UNIFESP,mostrou que, além da fissura induzida por fatores ambientais e emocionais e da fissura que ocorre na abstinência, os usuários de crack desenvolvem outro tipo de fissura: a causada pelo próprio efeito da droga.
“Assim que o usuário de crack dá a primeira tragada, desenvolve uma compulsão imediata pelo consumo, levando-o ao uso ininterrupto, até que o estoque da droga acabe ou ele chegue à exaustão”, explica Tharcila Viana Chaves, farmacêutica e autora do estudo. “Esse tipo de fissura apareceu como forte fator
mantenedor dos episódios de consumo chamados de binge, no qual o uso é prolongado, intenso e contínuo”. De acordo com a pesquisadora, estes episódios foram os maiores responsáveis pelo rebaixamento de valores do usuário,sujeitando-os a práticas não convencionais para a obtenção da droga – como roubar e prostituir-se –e a fortes eventos de agressividade,provenientes da “nóia” (abreviação de paranóia, um efeito típico do crack) ou do receio de que alguém ameace a continuidade do seu consumo do crack.
Os 40 usuários e ex-usuários de crack entrevistados na pesquisa,apesar de terem perdido o controle em várias situações relacionadas à droga, possuem um autoconhecimento que lhes permite controlarem-se em outras ocasiões.Evitar pistas que lembram o uso do crack (como lugares, pessoas e estresse) e que impulsionariam seu uso é apenas uma das estratégias usadas para diminuir a fissura e conseguir trabalhar e conviver socialmente. “Muitos usam de forma concomitante, não apenas o álcool e a maconha, mas
também os benzodiazepínicos,conhecidos como tranqüilizantes,que são conseguidos facilmente no mercado negro e são tidos como moeda de troca na Cracolândia”, afirma a pesquisadora, que acredita que a
existência de medidas do próprio usuário para lidar com a sua fissura por crack pode ser uma ferramenta importante para o aprimoramento de seu tratamento.

Chaves, T.V. A vivência da fissura por crack: rebaixamento de valores e estratégias utilizadas para o controle. Tese de mestrado, UNIFESP,2009, 103 p.

Depressão


Generalidades

Depressão é uma palavra freqüentemente usada para descrever nossos sentimentos. Todos se sentem "para baixo" de vez em quando, ou de alto astral às vezes e tais sentimentos são normais. A depressão, enquanto evento psiquiátrico é algo bastante diferente: é uma doença como outra qualquer que exige tratamento. Muitas pessoas pensam estar ajudando um amigo deprimido ao incentivarem ou mesmo cobrarem tentativas de reagir, distrair-se, de se divertir para superar os sentimentos negativos. Os amigos que agem dessa forma fazem mais mal do que bem, são incompreensivos e talvez até egoístas. O amigo que realmente quer ajudar procura ouvir quem se sente deprimido e no máximo aconselhar ou procurar um profissional quando percebe que o amigo deprimido não está só triste.
Uma boa comparação que podemos fazer para esclarecer as diferenças conceituais entre a depressão psiquiátrica e a depressão normal seria comparar com a diferença que há entre clima e tempo. O clima de uma região ordena como ela prossegue ao longo do ano por anos a fio. O tempo é a pequena variação que ocorre para o clima da região em questão. O clima tropical exclui incidência de neve. O clima polar exclui dias propícios a banho de sol. Nos climas tropical e polar haverá dias mais quentes, mais frios, mais calmos ou com tempestades, mas tudo dentro de uma determinada faixa de variação. O clima é o estado de humor e o tempo as variações que existem dentro dessa faixa. O paciente deprimido terá dias melhores ou piores assim como o não deprimido. Ambos terão suas tormentas e dias ensolarados, mas as tormentas de um, não se comparam às tormentas do outro, nem os dias de sol de um, se comparam com os dias de sol do outro. Existem semelhanças, mas a manifestação final é muito diferente. Uma pessoa no clima tropical ao ver uma foto de um dia de sol no pólo sul tem a impressão de que estava quente e que até se poderia tirar a roupa para se bronzear. Este tipo de engano é o mesmo que uma pessoa comete ao comparar as suas fases de baixo astral com a depressão psiquiátrica de um amigo. Ninguém sabe o que um deprimido sente, só ele mesmo e talvez quem tenha passado por isso. Nem o psiquiatra sabe: ele reconhece os sintomas e sabe tratar, mas isso não faz com que ele conheça os sentimentos e o sofrimento do seu paciente.

Como é? 
Os sintomas da depressão são muito variados, indo desde as sensações de tristeza, passando pelos pensamentos negativos até as alterações da sensação corporal como dores e enjôos. Contudo para se fazer o diagnóstico é necessário um grupo de sintomas centrais:
  • Perda de energia ou interesse
  • Humor deprimido
  • Dificuldade de concentração
  • Alterações do apetite e do sono
  • Lentificação das atividades físicas e mentais
  • Sentimento de pesar ou fracasso
Os sintomas corporais mais comuns são sensação de desconforto no batimento cardíaco, constipação, dores de cabeça, dificuldades digestivas. Períodos de melhoria e piora são comuns, o que cria a falsa impressão de que se está melhorando sozinho quando durante alguns dias o paciente sente-se bem. Geralmente tudo se passa gradualmente, não necessariamente com todos os sintomas simultâneos, aliás, é difícil ver todos os sintomas juntos. Até que se faça o diagnóstico praticamente todas as pessoas possuem explicações para o que está acontecendo com elas, julgando sempre ser um problema passageiro.

Outros sintomas que podem vir associados aos sintomas centrais são: 
  • Pessimismo
  • Dificuldade de tomar decisões
  • Dificuldade para começar a fazer suas tarefas
  • Irritabilidade ou impaciência
  • Inquietação
  • Achar que não vale a pena viver; desejo de morrer
  • Chorar à-toa
  • Dificuldade para chorar
  • Sensação de que nunca vai melhorar, desesperança...
  • Dificuldade de terminar as coisas que começou
  • Sentimento de pena de si mesmo
  • Persistência de pensamentos negativos
  • Queixas freqüentes
  • Sentimentos de culpa injustificáveis
  • Boca ressecada, constipação, perda de peso e apetite, insônia, perda do desejo sexual

Diferentes tipo de depressão

Basicamente existem as depressões monopolares (este não é um termo usado oficialmente) e a depressão bipolar (este termo é oficial). O transtorno afetivo bipolar se caracteriza pela alternância de fases deprimidas com maníacas, de exaltação, alegria ou irritação do humor. A depressão monopolar só tem fases depressivas. 

Depressão e doenças cardíacas

Os sintomas depressivos apesar de muito comuns são pouco detectados nos pacientes de atendimento em outras especialidades, o que permite o desenvolvimento e prolongamento desse problema comprometendo a qualidade de vida do indivíduo e sua recuperação. Anteriormente estudos associaram o fumo, a vida sedentária, obesidade, ao maior risco de doença cardíaca. Agora, pelas mesmas técnicas, associa-se sintoma depressivo com maior risco de desenvolver doenças cardíacas. A doença cardíaca mais envolvida com os sintomas depressivos é o infarto do miocárdio. Também não se pode concluir apressadamente que depressão provoca infarto, não é assim. Nem todo obeso, fumante ou sedentário enfarta. Essas pessoas enfartam mais que as pessoas fora desse grupo, mas a incidência não é de 100%. Da mesma forma, a depressão aumenta o risco de infarto, mas numa parte dos pacientes. Está sendo investigado.

Depressão no paciente com câncer

A depressão costuma atingir 15 a 25% dos pacientes com câncer. As pessoas e os familiares que encaram um diagnóstico de câncer experimentarão uma variedade de emoções, estresses e aborrecimentos. O medo da morte, a interrupção dos planos de vida, perda da auto-estima e mudanças da imagem corporal, mudanças no estilo social e financeiro são questões fortes o bastante para justificarem desânimo e tristeza. O limite a partir de qual se deve usar antidepressivos não é claro, dependerá da experiência de cada psiquiatra. A princípio sempre que o paciente apresente um conjunto de sintomas depressivos semelhante ao conjunto de sintomas que os pacientes deprimidos sem câncer apresentam, deverá ser o ponto a partir do qual se deve entrar com medicações.
Existem alguns mitos sobre o câncer e as pessoas que padecem dele, tais como"os portadores de câncer são deprimidos". A depressão em quem tem câncer é normal, o tratamento da depressão no paciente com câncer é ineficaz. A tristeza e o pesar são sentimentos normais para uma pessoa que teve conhecimento da doença. Questões como a resposta ao tratamento, o tempo de sobrevida e o índice de cura entre pacientes com câncer com ou sem depressão estão sendo mais enfocadas do que a investigação das melhores técnicas para tratamento da depressão.
Normalmente a pessoa que fica sabendo que está com câncer torna-se durante um curto espaço de tempo descrente, desesperada ou nega a doença. Esta é uma resposta normal no espectro de emoções dessa fase, o que não significa que sejam emoções insuperáveis. No decorrer do tempo o humor depressivo toma o lugar das emoções iniciais. Agora o paciente pode ter dificuldade para dormir e perda de apetite. Nessa fase o paciente fica ansioso, não consegue parar de pensar no seu novo problema e teme pelo futuro. As estatísticas mostram que aproximadamente metade das pessoas conseguirá se adaptar a essa situação tão adversa. Com isso estas pessoas aceitam o tratamento e o novo estilo de vida imposto não fica tão pesado.

A identificação da depressão

Para afirmarmos que o paciente está deprimido temos que afirmar que ele sente-se triste a maior parte do dia quase todos os dias, não tem tanto prazer ou interesse pelas atividades que apreciava, não consegue ficar parado e pelo contrário movimenta-se mais lentamente que o habitual. Passa a ter sentimentos inapropriados de desesperança desprezando-se como pessoa e até mesmo se culpando pela doença ou pelo problema dos outros, sentindo-se um peso morto na família. Com isso, apesar de ser uma doença potencialmente fatal, surgem pensamentos de suicídio. Esse quadro deve durar pelo menos duas semanas para que possamos dizer que o paciente está deprimido.

Causa da Depressão

A causa exata da depressão permanece desconhecida. A explicação mais provavelmente correta é o desequilíbrio bioquímico dos neurônios responsáveis pelo controle do estado de humor. Esta afirmação baseia-se na comprovada eficácia dos antidepressivos. O fato de ser um desequilíbrio bioquímico não exclui tratamentos não farmacológicos. O uso continuado da palavra pode levar a pessoa a obter uma compensação bioquímica. Apesar disso nunca ter sido provado, o contrário também nunca foi.
Eventos desencadeantes são muito estudados e de fato encontra-se relação entre certos acontecimentos estressantes na vida das pessoas e o início de um episódio depressivo. Contudo tais eventos não podem ser responsabilizados pela manutenção da depressão. Na prática a maioria das pessoas que sofre um revés se recupera com o tempo. Se os reveses da vida causassem depressão todas as pessoas a eles submetidos estariam deprimidas e não é isto o que se observa. Os eventos estressantes provavelmente disparam a depressão nas pessoas predispostas, vulneráveis. Exemplos de eventos estressantes são perda de pessoa querida, perda de emprego, mudança de habitação contra vontade, doença grave, pequenas contrariedades não são consideradas como eventos fortes o suficiente para desencadear depressão. O que torna as pessoas vulneráveis ainda é objeto de estudos. A influência genética como em toda medicina é muito estudada. Trabalhos recentes mostram que mais do que a influência genética, o ambiente durante a infância pode predispor mais as pessoas. O fator genético é fundamental uma vez que os gêmeos idênticos ficam mais deprimidos do que os gêmeos não idênticos.
Última Atualização: 8-10-2004
Ref. Bibliograf: Liv 01 Liv 19 Liv 03 Liv 17 Liv 13 Eur. Psychiatry 2001; 16: 327-335
Relapse and Recurrence Prevention in Major Depression
JG storesum
J Psychiatry Res. 2000; 48: 493-500
Severe Depression is Associated with Markedly Reduced Heart Rate?
Phillis K Stein Psychiatry Research 2001; 104: 175-181
Symptoms of Atypical Depression
Michael Posternak

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Corpo e Mente


Uma interessante passagem onde Jung comenta a relação entre Corpo e Mente.... ele já falava em culto ao corpo e à aparência em meados dos anos 40!

"Não obstante, devo culpar-me de certa parcialidade, pois omiti o espírito do  nosso tempo sobre o qual a maioria das pessoas se manifesta, pois é coisa  evidente a qualquer um. Mostra-se através do ideal internacional ou  supranacional, que toma corpo na Liga das Nações e em organizações análogas, bem  como no esporte e, finalmente - o que é significativo - no cinema e no jazz.  São sintomas bem característicos do nosso tempo, que estenderam o ideal  humanístico ao próprio corpo. O esporte valoriza extraordinariamente o  corpo, tendência que se acentua ainda mais na dança moderna. O cinema, como  também o romance policial, tornam-nos capazes de viver sem perigo todas as  nossas excitações, fantasias e paixões que tinham que ser reprimidas numa época  humanística. Não é difícil perceber a relação desses sintomas com a situação  psíquica. O fascínio da psique nada mais é que uma nova auto-reflexão, uma  reflexão que se volta sobre nossa natureza humana fundamental. Por que  estranhar então se esse corpo, por tanto tempo subestimado em relação ao  espírito, tenha sido novamente descoberto? Somos quase tentados a falar de uma  vingança da carne contra o espírito . Quando KEYSERLING denuncia  sarcasticamente o chofer como o herói da cultura moderna, sua observação tem um  fundo de verdade. O corpo exige igualdade de direitos. Ele exerce o mesmo  fascínio que a psique. Se ainda estivermos imbuídos da antiga concepção de  oposição entre espírito e matéria, isto significa um estado de divisão e de  intolerável contradição. Mas se, ao contrário, formos capazes de reconciliar- nos  com o mistério de que o espírito é a vida do corpo, vista de dentro, e o corpo é  a revelação exterior da vida do espírito, se pudermos compreender que formam uma  unidade e não uma dualidade, também compreenderemos que a tentativa de  ultrapassar o atual grau de consciência, através do inconsciente, leva ao corpo  e, inversamente, que o reconhecimento do corpo não tolera uma filosofia que o  negue em benefício de um puro espírito. Essa acentuação das exigências físicas e  corporais, incomparavelmente mais forte do que no passado, apesar de parecer  sintoma de decadência, pode significar um rejuvenescimento, pois, segundo  HÖLDERLIN: 'Onde há perigo,surge  também a salvação'. 

  
JUNG, Carl Gustav. Civilização em transição. Tradução de Lúcia Mathilde  Endlich Orth. Petrópolis: Vozes, 1993, parágrafo 195, capítulo IV, volume X/3 das Obras Completas. 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

NO CAMINHO DA ESQUIZOFRENIA...


O que é Esquizofrenia?
O termo "esquizofrenia" foi criado em 1911 pelo psiquiatra suíço Eugem Bleuler com o significado de mente dividida. Ao propor esse termo, Bleuler quis ressaltar a dissociação que às vezes o paciente percebia entre si mesmo e a pessoa que ocupa seu corpo. Hoje é o nome universalmente aceito para este transtorno mental psicótico, entretanto, no meio técnico e profissional se admite que o termo pode ser insuficiente para descrever a complexidade dessa condição patológica.  

A Esquizofrenia é uma doença da personalidade total que afeta a zona central do eu e altera toda estrutura vivencial. Culturalmente o esquizofrênico representa o estereotipo do "louco", um indivíduo que produz grande estranheza social devido ao seu desprezo para com a realidade reconhecida. Agindo como alguém que rompeu as amarras da concordância cultural, o esquizofrênico menospreza a razão e perde a liberdade de escapar às suas fantasias.  

Segundo Kaplan, aproximadamente 1% da população é acometida pela doença, geralmente iniciada antes dos 25 anos e sem predileção por qualquer camada sócio-cultural. O diagnóstico se baseia exclusivamente na história psiquiátrica e no exame do estado mental. É extremamente raro o aparecimento de esquizofrenia antes dos 10 ou depois dos 50 anos de idade e parece não haver nenhuma diferença na prevalência entre homens e mulheres.  
Os transtornos esquizofrênicos se caracterizam, em geral, por distorções características do pensamento, da percepção e por inadequação dos afetos. Usualmente o paciente com esquizofrenia mantém clara sua consciência e sua capacidade inteleitual.  
A esquizofrenia traz ao paciente um prejuízo tão severo que é capaz de interferir amplamente na capacidade de atender às exigências da vida e da realidade.  


O que não é Esquizofrenia?   

Há alguns mitos sobre a esquizofrenia bastante enraizados na opinião popular. Boa parte desses mitos se originou na mídia, através de filmes e romances sobre “loucos” e psicóticos que, além da qualidade literária e artística, não guardam, obrigatoriamente, uma coerente relação com a verdade científica.  

A esquizofrenia não é a dupla pessoalidade.   
Apesar do termo esquizofrenia cunhado por Bleuler em 1911 significar mente partida, hoje sabemos que a síndrome de esquizofrenia é muito mais ampla que isso e não tem por que incluir nela os Transtornos de Personalidade Múltipla.



A esquizofrenia não é uma violência sem sentido.   O mito da violência psicótica provavelmente se deve ao grande diretor Alfred Hitchcock e afins, cujo trabalho consiste em dirigir e vender filmes de agrado popular mas não, necessariamente, com bases científicas e reais.   

Também é possível que este mito se deva ao tratamento da esquizofrenia com medicamentos sedativos. Mas, na maioria das vezes, a sonolência é um efeito secundário da medicação antipsicótica mais do que uma imperiosa necessidade de “dopar” o paciente.   

A porcentagem de pacientes psicóticos esquizofrênicos que pode ser violenta é, felizmente, pequena. A agressividade dos psicóticos costuma ocorrer em proporção igual a que acontece com a população em geral. Aliás, podemos dizer, de maneira geral, que quem mais agride é a sociedade ao “louco” do que o contrário; é a sociedade das pessoas normais quem prende, agride, amarra, interna sem consentimento, seda, dopa, exclui e estigmatiza.




A esquizofrenia não acomete pessoas pouco inteligentes.   

A esquizofrenia afeta tanto as pessoas com alto quanto baixo nível inteleitual, atinge igualmente os ricos e pobres, os mais cultos e os mais simplórios. Não é monopólio de quem tem a mente fraca e nem depende da pessoa ser “esclarecida e inteligente”.


Tipos de Esquizofrenia?   

A esquizofrenia paranóide

Este tipo de esquizofrenia é o mais comum e também o que responde melhor ao tratamento. Diz-se, por causa disso, que tem prognóstico melhor. O paciente que sofre esta condição pode pensar que o mundo inteiro o persegue, que as pessoas falam mal dele, têm inveja, ridicularizam-no, pensam mal dele, elas têm intenções de fazer-lhe mal, de prejudicá-lo, de matá-lo, etc. Trata-se dos delírios de perseguição.   
Não é raro que este tipo de paciente tenha também delírios de grandeza, idéias além de suas possibilidades: "Eu sou o melhor cantor do mundo. Nada me supera. Nem Frank Sinatra é melhor". Esses pensamentos podem vir acompanhados de alucinações, aparição de pessoas mortas, diabos, deuses, alienígenas e outros elementos sobrenaturais. Algumas vezes esses pacientes chegam a ter idéias religiosas e/o políticas, proclamando-se salvadores da terra ou da raça humana.   
A esquizofrenia hebefrênica ou desorganizada
Neste grupo se incluem os pacientes que têm problemas de concentração, pouca coerência de pensamento, pobreza do raciocínio, discurso infantil. Às vezes, fazem comentários fora do contexto e se desviam totalmente do tema da conversação. Expressam uma falta de emoção ou emoções pouco apropriadas, rindo-se a gargalhadas em ocasiões solenes, rompendo a chorar por nenhuma razão em particular, etc. 
Neste grupo também é freqüente a aparição de delírios (crenças falsas), por exemplo que o vento move na direção que eles querem, que se comunicam com outras pessoas por telepatia, etc.   
A esquizofrenia catatônica
É o tipo menos freqüente de esquizofrenia. Apresenta como característica transtornos psicomotores, tornando difícil ou impossível ao paciente mover-se. Talvez passe horas sentado na mesma posição. A falta da fala também é freqüente neste grupo, assim como alguma atividade física sem propósito. 
A esquizofrenia residual
Este termo é usado para se referir a uma esquizofrenia que já tem muitos anos e com muitas seqüelas. O prejuízo que existe na personalidade desses pacientes já não depende mais dos surtos agudos. Na esquizofrenia assim cronificada podem predominar sintomas como o isolamento social, o comportamento excêntrico, emoções pouco apropriadas e pensamentos ilógicos.   
A esquizofrenia simples
Também é pouco freqüente. Aparece lentamente, normalmente começa na adolescência com emoções irregulares ou pouco apropriadas, pode ser seguida de um paulatino isolamento social, perda de amigos, poucas relações reais com a família e mudança de caráter, passando de sociável a anti-social e terminando em depressão. Nesta forma da esquizofrenia não se observam muitos surtos agudos. 
Apesar desta classificação, é bom destacar que os pacientes esquizofrênicos nem sempre se encaixam perfeitamente numa de estas categorias. Também existem pacientes que não se podem classificar em nenhum de os grupos mencionados. A estes pacientes se pode dar o diagnóstico de esquizofrenia indiferenciada.


Veja no DSM.IV:   


A Esquizofrenia tem cura?

Até bem pouco tempo se pensava que a esquizofrenia era sempre incurável e que se convertia, obrigatoriamente, numa doença crônica e por vida. Hoje em dia, entretanto, sabemos que este não é necessariamente o caso e uma porcentagem de pessoas que sofrem deste transtorno pode recuperar-se por completo e lavar uma vida normal como qualquer outra pessoa. 

Outras pessoas, com quadros mais graves, apesar de dependerem de medicação, chegam a melhorar até o ponto de poderem desempenhar o trabalho, casar-se e ter família. Embora não se possa falar em cura, tal como se conceitua a cura total na medicina, a reabilitação psicossocial da expressiva maioria desses pacientes tem sido bastante evidente. 
Apesar da esquizofrenia tender à deixar mais seqüelas a cada novo surto, o importante é saber que estas pessoas podem chegar a ter funções na sociedade e podem chegar a ser muito produtivas, mais ou menos sócio-cupacionalmente normais e dentro de suas possibilidades.





A família pode causar a esquizofrenia?

Não, não e não! Esta é a resposta mais simples. Apesar das infinitas investigações, a origem da esquizofrenia ainda não está clara. O que está claro, entretanto, é que não é causada por um trauma infantil, nem por um mau comportamento por parte dos pais. 

Nos anos 60 e 70 muitas investigações se realizaram no campo da terapia familiar, sobre o comportamento de as famílias e transtornos mentais. Encontraram vários patrões de conduta comuns a famílias com problemas de saúde mental, o qual conduz a alguns profissionais a concluir, erroneamente, que a família poderia ser culpada pelos transtornos mentais de seus filhos. Nada mais falso. 
Os sintomas da esquizofrenia resultam de desequilíbrios de substâncias neuroquímicas no cérebro, tias como a dopamina, serotonina, e noradrenalina. As últimas investigações indicam que estes desequilíbrios podem estar presentes no cérebro, inclusive antes do nascimento da pessoa. 
Entretanto, o comportamento da família influi fortemente na reabilitação do individuo com esquizofrenia. Os estudos demonstram que a intervenção da família é de grande importância na prevenção das recaídas.  


A esquizofrenia é herdada?

Em primeiro lugar convém fazer uma distinção entre o que é genético e o que é hereditário: 
1) Se uma doença é genética, isso quer dizer que antes de nascer uma pessoa pode ter um gene ou uma programação que a conduza em direção à doença, mas em forma de probabilidade e não de certeza. 
Cada um de nós carrega genes de diferentes doenças mas não as desenvolvemos obrigatoriamente. Um exemplo claro disso é o câncer de pulmão, identificado em genes de pessoas sadias não fumantes. Uma pessoa que tenha este gene teria uma predisposição genética a desenvolver a doença, mas isso não quer dizer que esta pessoa vá desenvolvê-la obrigatoriamente. De fato, se não fumar, levar uma vida não estressante, enfim, se não cumprir os requisitos necessários ao desenvolvimento da doença não terá câncer de pulmão. 
2) Uma doença hereditária é uma doença genética que se transmitirá, com certeza, de uma geração a outra e, além disso, terá uma porcentagem fixa e calculada de novos casos da doença na geração seguinte. 
Um exemplo de uma doença hereditária é a Coréia de Huntington. Esta doença crônica supõe um degeneração corporal e mental que se passa de uma geração a outra, desenvolvendo-se em 50% dos filhos. Quer dizer que um paciente de Huntingtom que decide ter um filho sabe, de antemão, que a cada dois filhos que nascerem, no mínimo um desenvolverá a enfermidade. 
Até o momento têm sido inconclusivos os estudos que afirmam, indubitavelmente, se a esquizofrenia é genética ou hereditária, embora já se tenha certeza absoluta de que a probabilidade de filhos esquizofrênicos é maior se um dos pais for esquizofrênico e, muito maior, se ambos forem. 
Na população geral a esquizofrenia aparece numa de cada cem pessoas (fator de risco de 1%).
  1. Se tiver um avô com a esquizofrenia o fator risco sobe para 3%
  2. Se um dos pais ou um irmão sofre de esquizofrenia o risco é de 10-20%
  3. Se ambos pais sofrem de esquizofrenia o risco é de 40-50%

Quais são os efeitos secundários da medicação? 

Todos os medicamentos produzem efeitos secundários e a medicação prescrita em casos de esquizofrenia não é uma exceção. A medicação que se prescreve aos pacientes com esquizofrenia se chama antipsicótico(antes chamados neuroléptico). Os efeitos secundários nem sempre são evidentes e são de menor gravidade que os próprios sintomas da esquizofrenia. Muitos pacientes cometem o erro de deixar de tomar a medicação quando aparecem estes efeitos ou quando algum conhecido “alerta” para os perigos de tais medicamentos. 

Na realidade o que tem que ser feito é informar-se com o psiquiatra sobre as dúvidas e sobre o que está sentindo. É muito importante saber diferenciar entre os efeitos secundários da medicação e os próprios sintomas da esquizofrenia.   
Veja alguns efeitos colaterais mais comuns:   
Sonolência
A sonolência é um aumento no sono do paciente. Talvez seja difícil levantar-se da cama de manhã, dorme mais que o normal, tem vontade de dormir durante o dia, etc. Por outro lado não são raros os comentários como "Estou dopado", "Sinto-me como um zumbi", ou outros, também de teor culturalmente pejorativo. 
Efeitos extrapiramidais ou parkinsonismo   
Esses sintomas são assim chamados pela semelhança com os sintomas da Doença de Parkinson. O paciente que manifesta estes efeitos não sofre de Doença de Parkinsom, simplesmente a dose da medicação deve de ser melhor ajustada. Esses efeitos se podem corrigir com medicamentos anti-parkinsonianos, tipo akineton®, artane®. 
Os efeitos parkinsonianos se manifestam na forma de movimentos ou posturas involuntárias: o tremor das mãos, flexões ou fixações dos músculos. Assim sendo, não é raro que o paciente usando antipsicóticos tenha a boca ou os músculos da face numa postura entranha, talvez a boca permaneça aberta ou semi-aberta. Também é possível que a língua se força para um lado, dificultando a fala ou fazendo com que a saliva escorra da boca. 
Efeitos anticolinérgicos   
Esses efeitos secundários se referem a visão borrada, secura da boca, retenção urinária, hipotensão arterial.   
Dificuldades sexuais   
Poucas vezes se encontram citadas como efeitos secundários dessa medicação. Também pode ser provável que os sintomas sexuais se devam a sintomas da depressão que a vezes acompanha a esquizofrenia.  
Acatisia Consiste numa inquietação constante. O paciente é incapaz de sentar-se no mesmo lugar durante muito tempo. Ele se levanta e muda de assento várias vezes em poucos minutos ou se ajusta muitas vezes no sofá. Este é um efeito secundário bastante desconfortável porque os que estão próximos podem pensar erroneamente que o paciente está nervoso. 
A acatisia é um efeito secundário que pode chegar a ser muito molesto para o paciente e tem solução fácil; com pequenas modificações do tratamento. 
Alguns benefícios do tratamento medicamentoso:



  1. Elimina vozes, visões e o falar consigo mesmo
  2. Elimina as crenças entranhas e falsas (delírios).
  3. Diminui a tensão e agitação.
  4. Ajuda a pensar com clareza e a concentrar-se melhor.
  5. Reduz os medos, a confusão e a insônia.
  6. Ajuda a falar de forma coerente.
  7. Ajuda a sentir-se mais feliz, mais expansivo e mais sadio.
  8. Ajuda a se comportar de forma mais apropriada.
  9. Os pensamentos hostis, estanhos ou agressivos desaparecem.
  10. Diminuem muito as recidivas e a necessidade de internação hospitalar
 http://gballone.sites.uol.com.br/voce/esq.html

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