segunda-feira, 30 de julho de 2018

A Doença Psicossomática


Trata-se de um trecho de artigo publicado no jornal Correio Braziliense, de 24 de janeiro de 2003. Veja:

"Médicos e psiquiatras são unânimes ao afirmar que qualquer pessoa está sujeita a desenvolver uma doença psicossomática.

Algumas até já sofrem do mal sem perceber. A asma e a artrite (dores nas articulações), por exemplo, têm um forte fator emocional. Crianças que só começam a ter dificuldades para respirar depois de completar 5 ou 6 anos sofrem de asma psicossomática.

A falta de ar é uma maneira de atrair a atenção dos pais. Para ter certeza de que uma doença tem origem psicológica, deve-se descartar todas as causas orgânicas primeiro. Por isso, recomenda-se uma série de exames antes de fechar o diagnostico. É importante esclarecer que, apesar de a enfermidade ser emocional, o paciente precisará de tratamento médico. ‘‘Os sintomas que ela apresenta não são imaginários e, portanto, exigem cuidados especiais’’, ensina o psiquiatra.

Outras doenças psicossomáticas comuns são a psoríase (descamação da pele), o vitiligo (perda do pigmento da pele) e a alopécia (perda espontânea de pêlos do corpo). O fato de todas afetarem a pele não é coincidência. Depois do cérebro, a pele é o órgão com o maior número de terminações nervosas do corpo’’, explica o dermatologista Francisco Leite. ‘‘Isso quer dizer que a pele está intimamente ligada ao sistema nervoso central e, conseqüentemente, às emoções.

Em princípio, os pacientes nem imaginam que as irritações na pele e queda de cabelo têm fundo emocional. Mas, ao conversar com o dermatologista, acabam percebendo: o problema surgiu após um forte estresse.

A melhor maneira de acabar com o problema é tratando, simultaneamente, a pele e a mente. Por isso, além dos medicamentos tradicionais, recomenda-se terapia. Quando a pessoa ficar de bem consigo mesma, os sintomas tendem a regredir.

O doente citado acima, por exemplo, controlou a doença logo após o novo matrimônio. O fato de se sentir amado novamente ajudou na cura".

segunda-feira, 2 de julho de 2018

O jovem e a preocupação com as drogas


A preocupação com as drogas é grande e precisa acontecer. Mas, normalmente, a preocupação com o álcool fica negligenciada e em segundo plano.
Em casa, muito provavelmente, os pais não têm maconha ou cocaína, mas certamente têm alguma bebida alcoólica.


Normalmente, nos preocupamos com as consequências do álcool somente quando ocorrem tragédias de transito (e que, geralmente, acontecem com jovens), mas esquecemos das consequências do beber frequentemente.

O jovem bebe por três motivos:

1)      Gosta do efeito que a bebida traz.

Gosta de misturar, de experimentar. Toma um pouco em casa, depois na casa do amigo que certamente, também, tem alguma bebida alcoólica e, depois, na balada ou em outro lugar qualquer que ele vá. Os efeitos podem ser relaxantes ou de extroversão e, muitas vezes, o adolescente precisa desse efeito para poder “chegar” em alguma menina, para ficar mais sociável e a vontade no meio dos amigos.

2)      “Precisa” beber para sentir-se aceito pelo grupo.

A resposta que mais se ouve é: “Todo mundo bebe e eu não vou ficar de fora!”

Como essa é uma fase de identificação e busca de identidade, o jovem precisa identificar-se com esse grupo e, portanto, usar as mesmas coisas, a mesma linguagem, etc.

Erroneamente, alguns pais tendem a beber junto com o filho ou filha porque imaginam que essa atitude poderá controlar o filho, ao mesmo tempo em que se aproximam dele. Imaginar que, pelo fato de beber junto, você estará se tornando amigo de seu filho é um erro. Na verdade, fazendo isso só estará dando aval para ele.

Filhos na adolescência, não são amigos de pais. Eles podem contar muita coisa, mas não tudo. Ele poderá beber na sua frente, mas irá beber em outros locais longe de você, da mesma forma.

A ideia de que o diálogo deve acontecer e é suficiente para controlar e evitar situações pode dificultar as coisas. Primeiramente, porque os pais imaginam que esses filhos estão tão amigos que contam tudo (o que não é verdade). Segundo, que os filhos por acharem que os pais agora estão “amigos”, eles tem o direito não só de serem ouvidos, mas de serem atendidos em tudo. A autoridade pode ficar fragilizada nesse processo, pois amigos não decidem, não dão ordens; apenas sugerem e podem ser ouvidos ou não.

3)      Bebem por fuga.

Bebem para fugirem de crises familiares, onde a interferência deles é praticamente nula por não poderem fazer nada e nem sequer serem ouvidos. Crises entre os pais, geralmente, empurram o jovem a se ancorar no grupo de amigos que o levam a “se divertir” e esquecer a crises em casa, usando a bebida.

Como essa é, também, uma idade em que autoestima desaba por motivos simples, eles tendem a fugir, usando o álcool. É uma idade cheia de complexos. A autoestima da menina desaba porque o menino não olha para ela ou porque ela se sente inferiorizada olhando para outras amigas e se comparando com elas. Desaba quando o menino não consegue evoluir nos estudos ou não tem um porte tão atlético como os outros colegas. Nesses momentos, os pais devem ficar alerta na superação dessas frustrações, antes que usem bebida, nessa tentativa. As atividades, juntas com o filho, são importantes para que esse filho saia do “baixo astral”.

Observe, também, se você, como pai ou mãe, usa mais críticas do que elogios; ou se costuma sempre comparar seu filho com o irmão ou com outras pessoas. Críticas e comparações só ajudam a derrubar a autoestima que, nessa idade, já oscila demasiado.

Situações de frustração, mesmo aquelas onde o filho percebe que não consegue corresponder às expectativas dos pais, o levam a aproximar-se cada vez mais do grupo, distanciar-se dos pais e, portanto, usando a bebida como fuga.

Existe, nessa fase, um medo grande por parte dos pais em exercerem a autoridade. Muitas vezes, o distanciamento do filho (a) é tão grande e ficam tão pouco tempo juntos que esses pais se sentem culpados por dizerem “NÃO” quando precisam, colocando limites.

Alguns pais confundem independência desses jovens com maturidade e responsabilidade. O jovem pode ter autonomia, dirigir seu carro, ter boas notas, mas isso não significa maturidade, ainda. Observe seu filho.

Alguns pais, também, imaginam que falar sobre álcool com eles não é necessário, pois muitos ainda não bebem ou mesmo não se interessam. Além disso, seria colocar medo nesses filhos sobre estatísticas trágicas e desnecessárias. Este tipo de “proteção” é inadequado, pois é exatamente o medo e essa realidade que poderá ajudar seu filho. O adolescente, nessa fase, se sente inatingível, como se nada de ruim pudesse acontecer com ele; somente com outros. Essa é uma característica da adolescência e é importante que você traga essa realidade para seu filho. Ela funciona como um alerta. Você não irá evitar tudo, mas irá evitar muita coisa ruim e uma delas é a ignorância de seu filho sobre esse assunto, causada por sua omissão.


F.B.
05/13890

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