domingo, 31 de maio de 2015

ABUSO SEXUAL FAMILIAR

Estatísticas sobre abuso sexual de bebês, crianças e adolescentes apontam que 70% dos casos domiciliares registrados pela polícia são cometidos pelo pai ou pelo padrasto da vítima.
O levantamento mostra que a violência sexual não depende do nível cultural ou social da família. O abuso sexual, geralmente, acontece em ambientes onde existam características que propiciem a agressão. Muitas vezes, esse conjunto de peculiaridades é transmitido através de gerações.
A pesquisa indica que as famílias em que ocorrem esse tipo de violência, a figura e a função da mãe e do pai não são desenvolvidas e manifestadas claramente. Entende-se como papel dos pais providenciar proteção e cuidados aos filhos, mas nessas famílias estes atributos recaem sobre outros familiares ou, às vezes, são colocados de lado.
Acontece que, sem esse referencial, tanto a criança quanto o adulto desenvolvem seus espaços deslocados do papel e dos limites que ocupam dentro da família. Com a indefinição, o abuso sexual pode acontecer sem que nenhum dos membros do casal possa evitar, já que o agressor sempre acaba coagindo o menor com ameaças físicas para que ele mantenha tudo em segredo. Muitas vezes, a parceira do agressor descobre e, ao invés de levar o caso a polícia, se torna cúmplice. Então para evitar que a criança conte, isolam a vítima retirando-a do seu convívio social.
A esperança desses menores está em encontrar um adulto com quem se estabeleça um vínculo de confiança, como um professor ou um parente, a quem ela possa pedir socorro.
Em crianças que ainda não conseguem expressar o acontecimento, é possível observar atitudes exibicionistas, linguajar erotizado e imitações de carícias ou relações sexuais, típicos das vítimas de abuso dessa faixa etária.
Já entre os adolescentes e pré-adolescentes é preciso tomar muito cuidado para não cair em uma interpretação errada a qual muitas pessoas costumam ter: dividindo a responsabilidade do agressor com o menor agredido, que não tem maturidade suficiente para defender-se.

Enfim, nesses casos, o mais importante é ouvir a vítima com toda a atenção e com cuidado, para que não se criem traumas maiores, encaminhando a denúncia aos serviços e autoridades competentes.

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